É possível ensinar empatia?

É possível ensinar empatia

“Meu nome é Evelyn Couto Machado. Sou psicóloga clínica, especialista em Psicoterapia Analítico Comportamental.

@foradatrama me convidou para contribuir a respeito de como é possível ensinar empatia para crianças e adolescentes. Trabalho prioritariamente com esse público e vim para colaborar com algumas considerações.

A literatura sobre desenvolvimento humano aponta que seres humanos já nascem com uma predisposição para o desenvolvimento da empatia. Contudo, mesmo considerando a existência dessa predisposição, os fatores ambientais ainda são determinantes para seu aprendizado.

Definida como a habilidade de “ler” as emoções e perspectivas dos outros, a empatia parte de uma disposição para compreender sem julgar e
demonstrar essa compreensão de modo que a outra pessoa se perceba validada.

Como ela depende dessa habilidade de leitura de emoções e perspectivas, é preciso que a pessoa consiga nomear primeiramente os próprios estados emocionais.

Logo, quando a família observa comportamentos como o choro, e auxilia na interpretação de qual é o sentimento que está sendo experienciado naquele momento, ensina a criança a nomear seus próprios sentimentos.

Uma vez que o choro pode estar relacionado a diversos estados emocionais distintos, como tristeza, dor e saudade, isso costuma demandar a presença de um adulto para identificá-lo a partir da avaliação do contexto.

Outro fator importante é a promoção da percepção de semelhança entre a criança/adolescente e as outras pessoas, principalmente aquelas que não fazem parte de seu contexto habitual.

O incentivo à adoção de comportamentos de solidariedade para com o próximo estimula a sensibilidade e promove a vivência de experiências variadas.

Conclusão

Por fim, nada é mais importante do que ser modelo/exemplo. Todos aprendemos por meio da observação. Pais que conseguem expressar seus sentimentos respondem de forma adequada aos sentimentos de impotência e mal-estar de seus filhos.

Ainda, os ensinam um modelo para expressar seus próprios sentimentos sem inibição. A partir daí se pode também responder empaticamente ao mal estar dos outros.

Deixo meu carinho e agradecimento ao Fora da Trama.”

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Grupo Fora da Trama

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Trabalho voluntário idealizado com o propósito de somar no combate à violência e apoiar o caminho de superação de relacionamentos abusivos. @foradatrama